Rio + 20: Pesquisadora do Instituto Mamirauá fala sobre a conferência a estudantes de Tefé

Publicado em:  8 de junho de 2012

     No dia 02 de junho (sábado), às 09h, aconteceu no auditório da biblioteca do Instituto Mamirauá, a palestra "Pesquisas desenvolvidas pelo Instituto Mamirauá", para estudantes da Universidade do Estado do Amazonas (UEA). A apresentação é uma das atividades que a instituição vai promover durante a conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável – Rio+20, que acontece entre 12 e 22 de junho, no Rio de Janeiro (RJ), e foi proferida pela bióloga Bianca Bernardon, pesquisadora do Grupo de Pesquisa em Ecologia de Vertebrados Terrestres.

 
       Bianca explicou as funcionalidades dos GP’s (Grupos de Pesquisa) e aproveitou para expor a sua própria pesquisa "Ecologia e Conservação de Aves Silvestres", que trata sobre as aves aquáticas e as aves que são abatidas nos plantios das comunidades ribeirinhas da Reserva Amanã. Desde que iniciou sua pesquisa, Bianca busca descobrir quais métodos as comunidades estão utilizando para que essas aves não se alimentem de suas plantações; quais têm sido mais eficientes para evitar o abate dessas aves, preservando-as e possibilitando a colheita; quantas aves têm sido abatidas e se isto está sendo significativo para a população da espécie. 
 
      De acordo com a pesquisadora, as aves que mais atacam os plantios são os papagaios da várzea. Contudo, também já foi identificado o abate de outras espécies como: tucano, arara, entre outras. As aves abatidas são aquelas que, principalmente, atacam os plantios de açaí, banana, manga e pupunha. A pesquisadora também citou os estudos sobre répteis, aves e mamíferos, que aborda questões sobre o manejo e a conservação das respectivas espécies. Esclareceu sobre o minucioso trabalho desempenhado pelas pesquisas feitas através do monitoramento de câmeras fotográficas, que pela primeira vez conseguiu registrar uma onça parda na floresta de várzea, o que diziam que não havia, próximo a pousada Uacari, na Reserva Mamirauá.
  
        Ao final da palestra, a professora Ethel Silva de Oliveira, Mestre em Ensino de Ciências na Amazônia pela UEA e professora do curso de Pedagogia que, atualmente, ministra aulas para as turmas de Física, Geografia e Química, agradeceu em nome da UEA pela parceria com o Instituto Mamirauá e finalizou: "É muito importante essa aproximação com a pesquisa. Enquanto estamos aqui assistindo a esta palestra, no mundo, milhares de pesquisadores estão dedicando o seu tempo e a sua vida social em prol de uma causa maior. Precisamos ter a consciência de que tudo está relacionado em cadeia, precisamos nos livrar da ignorância para que possamos fazer também a diferença".
 
Texto: Renata Brandão

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