Pesquisadores realizam coleta de sangue de peixes-boi

Publicado em: 17 de fevereiro de 2011

17/02/2011 - Pesquisadores do Instituto Mamirauá realizaram coleta de sangue de sete peixes-boi que estão no Centro de Reabilitação de Peixe-boi Amazônico de Base Comunitária (Centrinho), localizado na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Amanã. A atividade ocorreu na última sexta-feira, dia 11, e teve como objetivo, além de avaliar a saúde dos animais, coletar material para obter o cromossomo dos individuos.

Os estudos citogenéticos serão analisados pela bióloga Helen Barros, aluna de doutorado da Universidade Federal de Pernambuco que realiza a pesquisa em parceria com o Instituto Mamirauá. "As preparações citológicas para a análise cromossômica serão feitas a partir da cultura de linfócitos do sangue, de acordo com procedimentos convencionais", explicou a pesquisadora.

Outra etapa da atividade são as análises morfométricas. Entre os dias 14 e 16 de fevereiro, a pesquisadora fotografou crânios de peixes-boi no laboratório do Instituto Mamirauá, em Tefé. A metodologia irá permitir uma apresentação gráfica das diferenças nas estruturas dos crânios e das mandíbulas, entre as três espécies de peixe-boi (Trichechus manatus, T. inunguis e T. senegalensis), indicando, com maior precisão, em quais regiões se concentram as variações.

De acordo com a coordenadora do projeto, a pesquisadora Miriam Marmontel, ao longo dos próximos dois anos, ações do Centro de Reabilitação serão fortalecidas, através de parcerias com organizações trabalhando com ecologia e saúde de peixes-boi no Brasil. A soltura de um dos filhotes, resgatado em 2007, está prevista para este ano. O IDSM realizou a primeira devolução de peixe-boi amazônico ao ambiente natural no ano de 2000, na Reserva Mamirauá.

A atividade foi a primeira ação do Projeto Conservação de Vertebrados Aquáticos Amazônicos (Aquavert), executado pelo Instituto Mamirauá e patrocinado pela Petrobras através do Programa Petrobras Ambiental. Entre as espécies-alvo do projeto Aquavert, encontram-se também a ariranha, o boto, o tucuxi, os jacarés e os quelônios amazônicos.  Ações serão desenvolvidas em 29 municípios da região amazônica, onde a população atingida é basicamente constituída por ribeirinhos. A projeção é de que 2.670 pessoas sejam atingidas diretamente e 13.350 indiretamente.
por Eunice Venturi

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