Cerca de 900 mil kg de peixe passaram por portos centrais do Amazonas na primeira metade de 2019
Publicado em: 13 de dezembro de 2019
Curimatá e tambaqui são os peixes mais encontrados nos mercados da região. Boletim traz dados coletados nos municípios de Tefé, Fonte Boa e Santo Antônio do Içá
O Amazonas é o maior estado do Brasil em extensão territorial, sendo cortado por rios gigantes que abrigam mais de 2 mil espécies de peixes. Por isso a importância do pescado na culinária e economia amazonense. Os principais peixes consumidos na região no perÃodo de estudo foram o pirarucu, o tambaqui, o tucunaré, o pacu e o jaraqui.
O monitoramento do pescado da região amazônica é realizado pelo Instituto Mamirauá desde 1992. Já a publicação do boletim de desembarque pesqueiro ocorre desde 2010, com a apresentação de dados importantes sobre as espécies de peixes que chegam aos portos de Tefé, Fonte Boa e Santo Antônio do Içá, no Amazonas.
O Boletim do Desembarque Pesqueiro do 1º semestre de 2019 traz um cenário rico da atividade pesqueira na região.
A publicação mostra que pirarucu, sucurubim, jatuarana, matrinchã e mapará estão entre as variedades das 63 categorias de peixes desembarcadas nos municípios amazonenses mencionados.
Tefé e o consumo de peixe
Tefé é o município do estado do Amazonas onde mais se consome peixe.
O informativo mostrou que a curimatá apresentou 36% do total analisado e também foi a espécie mais encontrada no mercado tefeense. No mesmo perÃodo, o município de Santo Antônio do Içá seguiu a preferência pelo mesmo pescado com uma taxa de 15,9% da produção desembarcada no mercado local. Já em Fonte Boa, o tambaqui liderou as preferências com 15% do total de desembarque durante o perÃodo analisado.
No total, 894.209 kg de peixe chegaram aos comerciantes e consumidores locais dos três municípios amazonenses monitorados.
Tambaqui e dourada são os peixes mais valorizados; traÃra e mapará os mais baratos
O valor médio de venda e o preço de cada tipo de peixe por quilo também foram levantados pelo -monitoramento do Instituto Mamirauá.
Na primeira metade de 2019, o tambaqui teve o maior valor médio de mercado em Tefé, com R$ 9,98. Em Fonte Boa, essa posição foi da dourada, atingindo o preço de R$ 11,38 kg. A traÃra foi o peixe cujo preço da carne foi mais barato correspondendo a R$ 1,15 kg, no município tefeense. Já em Fonte Boa, o mapará foi a espécie mais barata avaliada em R$ 1 kg.
Os preços de peixes em Santo Antônio do Içá não foram divulgados nessa edição do boletim.
FrigorÃficos e o monitoramento pesqueiro
Para registrar os números pesqueiros da região, o Instituto Mamirauá tem coletores treinados trabalhando todos os dias nos portos da região. São anotados dados como produção mensal, preço médio de venda, principais áreas de origem do pescado e apetrechos utilizados pelos pescadores. As informações são fornecidas pelos próprios pescadores, associações e colônias de pesca, revendedores e também por frigorÃficos das cidades, que recebem parte da produção.
De acordo com o levantamento, o frigorÃfico Frigopeixe de Tefé recepcionou 47% da produção desembarcada durante o perÃodo de monitoramento de janeiro a junho de 2019, sendo que, 31% desse pescado veio de revendedores. No município de Fonte Boa, foi desembarcado 48% do pescado distribuÃdo entre os quatro frigorÃficos locais. Já em Santo Antônio do Içá 35% da produção foi recepcionada nos seis frigorÃficos.
Toda a produção ilegal apreendida pela Secretária de Municipal do Meio Ambiente de Tefé (Semma) foi composta por pirarucu. O pescado foi doado para as entidades e organizações Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), Escola Municipal Bertholletia Excelsa; Centro Municipal de Convivência da FamÃlia, Pastoral do Menor, Serviço de Acolhimento Destinado a Crianças e Adolescentes Dr. DaiskuIkqueda, Secretaria Municipal de Educação (Semed) e Pastoral da Solidariedade da Paróquia de Bom Jesus.
O Boletim de Desembarque Pesqueiro do Instituto Mamirauá
O boletim de desembarque pesqueiro é uma publicação financiada pela Fundação Gordon e Betty Moore, e representa um grande esforço para retratar a real produção pesqueira do médio e alto curso do rio Solimões. As informações contidas nele são de extrema importância para a gestão da pesca. Sua divulgação tem o papel de demonstrar a importância da pesca artesanal a atender as necessidades dos diferentes segmentos envolvidos com a pesca local, ajudando a embasar as medidas de gestão dos recursos pesqueiros.
O informativo semestral é coordenado pelo Programa de Manejo de Pesca (PMP) do Instituto do Mamirauá, organização social fomentada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC).
Acesse aqui a versão digital de número 19 do boletim e confira os destaques da edição.
Texto: Augusto Gomes
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