IndÃgenas em Maués recebem capacitação para manejo de abelhas e produção de mel
Publicado em: 4 de abril de 2018
Membros da etnia Sateré-Mawé participaram de oficina oferecida pelo Instituto Mamirauá
Para os indÃgenas Sateré-Mawé, o mel é alimento, fonte medicinal e possibilidade de diversificação de renda nas aldeias. Para aumentar a produção e coleta do precioso lÃquido, membros da etnia que vivem na região de Maués, estado do Amazonas, estão recebendo assessoria técnica para o manejo de abelhas nativas sem ferrão. O Instituto Mamirauá esteve, entre os dias 27 e 29 de março, na aldeia Ilha Michilles para mais uma capacitação.
Localizada na Terra IndÃgena Andirá-Marau, a cerca de 350 km da capital Manaus, a comunidade Sateré-Mawé sediou a "Oficina de Fortalecimento das Práticas dos Criadores e dos Agentes Monitores/Multiplicadores no Manejo das Abelhas Nativas".
Essa é a segunda vez que o Instituto Mamirauá realiza uma atividade em manejo de abelhas na região. Em julho de 2017, com a parceria do Slow Food Brasil, foi realizado um curso para indÃgenas de Ilha Michilles e aldeias vizinhas com foco na meliponicultura, que é a criação de abelhas sem ferrão.
O técnico do Instituto Mamirauá, Jacson Rodrigues, explica que a programação da oficina foi planejada para "reforçar e ampliar informações, práticas e conhecimentos compartilhados no curso do ano passado e assim dar seguimento ao manejo de abelhas nativas na Terra IndÃgena".
Cerca de quinze famÃlias estiveram representadas nessa oficina. No conteúdo, a teoria e dinâmicas sobre a metodologia do manejo, como a confecção e revisão de caixas-colmeias, boas práticas da coleta do mel e caracterÃsticas do produto.
"Foi reforçada a importância de coletar o mel no tempo e da maneira certa, atentando para a questão da qualidade para consumo e possÃvel comercialização do mel", afirma o técnico do Instituto Mamirauá, unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC).
As capacitações do Instituto Mamirauá para o manejo de abelhas sem ferrão contam com apoio da Fundação Gordon and Betty Moore.
IndÃgenas unidos para a produção de mel
Além da oficina, o trabalho do Instituto Mamirauá em Maués também incluiu visita a aldeias indÃgenas da região com caráter de assessoria técnica. Acompanhados por um grupo de criadores multiplicadores com interesse em se tornar referência no apoio ao manejo de abelhas na região, os técnicos do Instituto foram até famÃlias com um início e outras que querem começar o trabalho de criação de abelha. "Assim, os Sateré-Mawé poderão contar com uma assessoria local", diz o técnico José Carlos Campanha.
Para José Carlos, foi sensÃvel "o sentido de união entre as aldeias Sateré-Mawé no trabalho do manejo de abelhas. Houve indÃgenas que queriam participar do curso, mas não tinham caixas, nem abelhas para começar, então houve uma mobilização, depois do primeiro curso realizado em Michilles, para ajudar essas pessoas dar início a criação".
Tu´isa (como é chamado o lÃder na lÃngua materna da etnia) da aldeia Michilles, Josibias Alencar dos Santos conta que por onde se andam nas comunidades, é possÃvel ver o resultado positivo da capacitação. "Os manejadores de abelhas já estão conseguindo multiplicar, desenvolver as atividades por eles mesmos, isso é resultado do trabalho, então eu agradeço a toda equipe do Instituto Mamirauá que vem somando para o desenvolvimento do manejo de abelha aqui na nossa região", afirma.
Texto: João Cunha
Últimas Notícias
Comentários
Institucional
- O Instituto Mamirauá
- Equipe
- Parceiros
- Áreas de atuação
- Conheça Tefé
- Núcleo de Inovação
- Vagas
- Documentos e Downloads
- Seleção de Fornecedores
Pesquisa
- Grupos de Pesquisa
- Iniciação Científica
- Ética em Pesquisa
- Ética no Uso de Animais
- Propostas de Pesquisas
- Biblioteca Henry Walter Bates
- Acervos e Coleções
- SNCT
- SIMCON
Manejo e Desenvolvimento
- Gestão Comunitária
- Manejo de Agroecossistemas
- Manejo de Pesca
- Manejo Florestal Comunitário
- Qualidade de Vida
- Turismo de Base Comunitária
- Centro Vocacional Tecnológico