Centro de Reabilitação resgata dois peixes-boi no interior do Amazonas

Publicado em: 12 de dezembro de 2012

 


10/12/2012 - Dois peixes-boi amazônicos foram resgatados semana passada pela equipe do Centro de Reabilitação de Peixe-Boi Amazônico, que o Instituto Mamirauá mantém na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Amanã, no noroeste do Amazonas. Os animais, fêmeas, ambas filhotes, foram entregues voluntariamente por pescadores à equipe do Centro.

Na última sexta-feira (07), os peixes-boi foram encaminhados de Tefé para uma base do Instituto na Reserva Mamirauá, onde passarão por um período de quarentena. Após a realização de avaliações clínicas e a constatação de que os animais encontram-se em bom estado de saúde, as filhotes serão levadas para o Centro de Reabilitação na Reserva Amanã, onde outros três animais estão abrigados. O trabalho de reabilitação de peixes-boi recebe o patrocínio da Petrobras, por meio do Programa Petrobras Ambiental.

 

Resgate em Santo Antonio do Içá

Na manhã de quarta-feira (05), funcionários do Centro de Reabilitação foram em voo fretado até Santo Antonio do Içá para o resgate de uma das fêmeas, que mede 1,08 metros e pesa 19,5 quilos. No domingo (02), pescadores da cidade de Tonantins capturaram a filhote e tentaram vendê-la no porto da cidade. Contudo, temendo serem flagrados por órgãos ambientais, os pescadores entregaram a pequena peixe-boi a um funcionário da Secretaria de Estado da Produção Rural (Sepror), que pediu orientações ao Ibama, em Manaus.

O Ibama orientou a entrega do peixe-boi à equipe do Instituto Mamirauá, instituição credenciada desde 2008 como criatório conservacionista. A entrega teve de ser feita em Santo Antonio do Içá, pois não há pista de pouso em Tonantins. Durante uma hora e meia de voo, a peixe-boi viajou em um colchão, coberta por uma toalha umedecida. Apesar da intensa chuva e dos muitos solavancos do pequeno avião, a peixe-boi não apresentou sinais de agitação durante o voo. Após desembarcar no aeroporto de Tefé, ela foi transportada até uma base flutuante do Instituto, localizada no lago que leva o mesmo nome da cidade, onde recebeu os primeiros cuidados antes do envio para a quarentena.

 

Resgate em Maraã

O outro animal chegou à base flutuante na manhã de quinta-feira (06), vindo da Reserva Amanã, território do município de Maraã. Esta peixe-boi fêmea, com 1,23 metros e 27 quilos, supostamente foi separada da mãe por caçadores. Ela estava sendo criada por moradores da comunidade ribeirinha Monte Sião, em um pequeno lago. Foram os próprios moradores que tomaram a iniciativa de contatar a equipe do Centro de Reabilitação.

O animal foi trazido em uma lancha voadeira até Tefé, onde juntou-se à outra fêmea para o encaminhamento à quarentena.

"Serão feitos exames de rotina e elas ficarão em observação até estarem aptas a serem levadas ao Centro de Reabilitação e juntarem-se aos outros animais. Elas ainda estão aprendendo a mamar e a maior já dá sinais de que se alimenta de vegetais", disse a veterinária Carolina Oliveira, responsável técnica pelos animais do Centro de Reabilitação.

 

Texto: Augusto Rodrigues

 

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