Alunos do Centro Vocacional Tecnológico apresentam projetos de conclusão do curso

Publicado em:  3 de março de 2015

O Centro Vocacional Tecnológico (CVT) "Tecnologias Sociais da Amazônia", do Instituto Mamirauá, está entrando no seu segundo ano de atividades. A primeira turma do CVT vivenciou no ano passado módulos que intercalaram aulas formais, com temáticas que foram da legislação ao português, e atividades de campo, acompanhando técnicos e pesquisadores do Instituto Mamirauá. 

Neste segundo ano, o grupo utilizará a experiência daquelas aulas, oficinas e atividades de campos para levar adiante projetos desenvolvidos em parceria com suas comunidades e associações. Mais do que ideias, esses projetos serão postos em prática no segundo semestre de 2015, concluindo o curso para essa turma.

No dia 27 de fevereiro, alunos do CVT, técnicos e pesquisadores do Instituto Mamirauá participaram do 1º Seminário de Diagnóstico. Cada um dos alunos fez uma primeira apresentação de seu projeto, compartilhando até onde já haviam avançado. Durante as explanações foram delimitando-se as questões a serem respondidas e definindo os orientadores que acompanharão os projetos, por exemplo. As ações de intervenção propostas pelos alunos abrangem as áreas de turismo, de agroecossistemas, de manejo florestal, de pesca e alguns projetos de gestão. Sandro Augusto Regatieri, gestor do CVT, reforça que "essas temáticas estão de acordo com orientações das comunidades, das associações e de instituições que os indicaram".

Antônio Neto, aluno do CVT, desenvolverá um projeto de zoneamento para a atividade de turismo, em uma área da Reserva Amanã. "O projeto foi escolhido junto com a comunidade e vai definir normas e zoneamentos das áreas para trabalhar com turismo. E estamos trabalhando junto com o grupo de comunitários que já discute o turismo ali, o que fica mais fácil, com um ajudando o outro", afirma o aluno.  Esse trabalho abrange sete comunidades do Setor Lago Amanã. "É uma área bem grande e tem muito trabalho para fazer", estima Antônio.

Já Railene da Silva está focada em um projeto de estudo de potencial de extração de óleo de copaíba e andiroba na Reserva Extrativista Catuá-Ipixuna.  "Meu projeto é de pesquisa, que eu vou fazer na comunidade Bela Conquista. A ideia surgiu de uma conversa entre os comunitários e o gestor da área. Houve uma boa comunicação, todos aceitaram e é assim que o projeto vem sendo levado para frente".  As comunidades da área já deram alguns passos em direção à realização desse projeto: "A comunidade São Sebastião do Água Branca também ficou muito interessada, foi a comunidade que já tirou o óleo para amostra e já levou para o comprador, para ele dizer o que achou do óleo", aponta Railene.

Projetando as atividades do ano, Sandro conta que "este foi o primeiro seminário planejado. Vai ter um segundo seminário no meio do ano, quando eles vão apresentar também para pelo menos o presidente da comunidade deles, da associação deles, o projeto definido. O terceiro passo será a apresentação dos resultados, no final do ano. A partir de julho eles vão para as comunidades e em dezembro eles retornarão com os resultados".

Texto: Vanessa Eyng. 

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