Instituto Mamirauá participa de Seminário sobre o Desenvolvimento Sustentável na Amazônia, em Brasília
Publicado em: 18 de maio de 2023
Com a presença de representantes de governo e da sociedade civil, evento debateu temas importantes para a Amazônia
Foi realizado entre os dias 16, 17 e 18 de maio, no Palácio Itamaraty, em Brasília, o seminário “Desenvolvimento Sustentável na Amazônia”. O evento promoveu o debate entre o governo e diversos setores da sociedade sobre temas pertinentes à Amazônia, como fauna, flora, clima, combate ao desmatamento, desenvolvimento científico, povos e comunidades tradicionais do bioma e entre outros.
O seminário fez parte dos preparativos para a Cúpula da Amazônia – IV Reunião de Presidentes dos Estados Partes no Tratado de Cooperação Amazônica, que acontece entre os dias 8 e 9 de agosto, em Belém (PA). À convite dos organizadores do evento, Ministério das Relações Exteriores e Fundação Alexandre de Gusmão, o Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (IDSM) participou do seminário e debateu dois painéis.
A colaboradora do Movimento de Pescadores e Pescadoras Artesanais do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, Edna Alencar, participou do painel “Cooperação em recursos hídricos na Amazônia” e falou sobre a influência dos rios da Amazônia no modo de vida das populações locais.
Além disso, Edna também destacou o papel dos pescadores artesanais na manutenção da biodiversidade local. “São inúmeras as consequências da mineração e do agronegócio na contaminação nos rios amazônicos. Toda essa destruição afeta também a atividade dos pescadores artesanais, categoria muito importante e que é invisibilizada propositalmente”, explica.
Segurança Alimentar
No painel “Tecnologias sociais, saúde e segurança alimentar nas comunidades isoladas da Amazônia”, o diretor-geral do Instituto, João Valsecchi do Amaral, apresentou o manejo sustentável do pirarucu, o maior peixe de escama de água doce do mundo, e como ele é fundamental para os meios de vida das populações rurais da Amazônia.
João também destacou a importância de garantir para a população, sobretudo para a merenda escolar, o acesso ao pescado local dos municípios que abrangem o Médio Solimões. “Mais do que garantir acesso, é necessário garantir acesso à produtos alimentícios que tenham as características da região, que fazem parte do cardápio das pessoas locais”, disse.
Estímulos econômicos seria uma das alternativas para garantir o manejo sustentável do pirarucu nas regiões que abrangem a Amazônia, apontou João. “Para o pirarucu manejado entrar de forma mais fácil no mercado, é preciso de incentivo fiscal para os manejadores. Porque além de ser uma atividade tradicional e que mantém a renda na região, os manejadores são os responsáveis pelo cuidado e manutenção dessas áreas”.
Água potável
As tecnologias desenvolvidas pelo Instituto Mamirauá e parceiros que produzem pesquisas sobre o abastecimento domiciliar de água e saneamento em comunidades rurais do Amazonas foram apresentadas pelo diretor durante o painel de debate.
“A implementação dessas tecnologias dá certo e conseguimos ver os resultados. Por meio de processos participativos, como este evento, podemos desenvolver mais projetos neste sentido. Queremos que os municípios, o Estado e o Governo Federal entendam que isso tem que virar política pública”, concluiu o diretor.
Texto: Nayá Tawane
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