IDSM e parceiros promovem oficina sobre diversidade de espécies de peixes amazônicos e importância de coleções biológicas

Publicado em:  1 de dezembro de 2022

Participaram do evento cerca de cem profissionais da educação do Ensino Fundamental e Médio de Tefé, além de 70 estudantes da UEA e IFAM

As atividades da 1ª Oficina de Coleções Biológicas (1ª OCB) ocorreram entre 14 e 30 de novembro de 2022 na Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas (Ifam), Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (IDSM), além de três escolas na cidade de Tefé. Na UEA, IFAM e Instituto Mamirauá foram realizadas palestras para professores e dois minicursos para estudantes, além da construção de duas coleções didáticas de peixes para uso do ensino técnico e superior.

Fortalecer as ações de democratização da produção e do acesso ao conhecimento em Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I), seguindo o tema central da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNTC) – “Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil” e em apoio à Semana Estadual de CT&I no estado do Amazonas, foi o objetivo da 1ª OCB.

De acordo com Bianca Darski Silva, bióloga, pesquisadora do Grupo de Pesquisa em Ecologia e Biologia de Peixes do Instituto Mamirauá e coordenadora do evento, a proposta central da 1ª OCB foi apresentar e fornecer materiais educativos sobre a diversidade de espécies de peixes amazônicos e a importância de coleções biológicas no desenvolvimento de pesquisas e práticas de ensino.

“Espero que a 1º OCB tenha promovido o enriquecimento do material de ensino de professores além da troca de saberes entre pesquisadores, professores e estudantes em Tefé. Com este evento, nosso principal foco foi demonstrar importância de manter as coleções científicas e didáticas íntegras, acessíveis e conectadas à sociedade”, disse.

Os organizadores da iniciativa destacaram que “o ato de colecionar é uma atividade amplamente praticada na sociedade em diferentes faixas etárias e culturas. Com a 1ª Oficina de Coleções Biológicas, foi possível oferecer a professores e estudantes do município de Tefé diferentes práticas de montagem, organização e utilização de coleções focadas no grupo de peixes”.

Durante os minicursos e palestras ministrados por pesquisadores (as) abordaram temas sobre o uso de coleções didáticas que permitem a aproximação de estudantes à natureza através da observação, registro e interpretação dos seres que a compõem.

Informações como o uso de uma coleção didática em sala de aula, professores (as) podem utilizar a prática de observação da evolução das formas vivas, as mudanças de morfologia das espécies ao longo do tempo, e a consequente formação de novas espécies. A prática se torna mais acessível e atrativa quando é ilustrada pelas diversas formas e características compartilhadas entre as espécies.

A apresentação da 1º OCB incluiu três níveis de complexidade. O primeiro abordou sobre “Minha coleção: atividade de colecionar peixes em álbum de figurinhas”. O segundo apresentou a “Coleção Escolar: atividade de montagem de uma coleção de peixes impressa na escola” e o terceiro “Coleção didática: atividade de montagem de uma coleção didática de peixes”.

A realização da 1ª Oficina de Coleções Biológicas ofereceu a oportunidade de criação de novas edições em anos seguintes com foco em outros grupos taxonômicos, como plantas, insetos, aves, mamíferos, anfíbios, répteis, entre outros.

Participaram do evento profissionais da educação do Ensino Fundamental e Médio de Tefé, além de 70 estudantes da UEA e IFAM. A iniciativa contou apoio da FAPEAM, SEDECTI e Governo do Estado do Amazonas, por meio do edital n.º 001/2022 – Programa de Apoio à Popularização da Ciência, Tecnologia e Inovação – POP C, T & I. Pesquisadores do GP de Peixes, GP de Ecologia Florestal, Programa de Manejo de Fauna, GP de Ecologia de Vertebrados, GP de Arqueologia, Biblioteca Henry Walter Bates, IFAM, UEA e INPA, contribuíram também para a realização do evento.

Foto: Jhon Erick
Foto: Jhon Erick
Foto: Jhon Erick
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Foto: Jhon Erick
Foto: Jhon Erick
Foto: Jhon Erick
Foto: Jhon Erick
Foto: Jhon Erick
Foto: Jhon Erick
Foto: Jhon Erick
Foto: Jhon Erick
Foto: Jhon Erick
Foto: Jhon Erick
Foto: Jhon Erick
Foto: Jhon Erick
Foto: Jhon Erick

Estudantes falam sobre a experiência de participarem do evento

Participantes da primeira edição da oficina relatam a experiência de terem participado das atividades. “Saber a importância de não capturar fêmeas de quelônios para poder recuperar a população de quelônios na Amazônia”, disse um estudante.

Outro participante impactado com a apresentação dos temas comentou sobre a importância da visita ao acervo de Arqueologia do IDSM onde há provas da existência de uma parcela da população humana extremamente rica e privilegiada financeiramente na Amazônia. “Isso ainda ocorre nos dias de hoje, em detrimento de inúmeras pessoas que vivem no limite da pobreza”, refletiu.

Sobre conhecer a relevância da diversidade das espécies amazônicas, uma aluna ressaltou que é preciso entender a “importância de saber o que diferencia as espécies de primatas na hora de organizar um material de coleção, falando especificamente da posição dos dedos e dos braços dos primatas”.

“O jeito que se armazena as plantas na coleção, o uso da estufa para secar e preservar cada amostra. Eu achava que iria encontrar mudinhas de plantas na coleção”, disse um dos alunos, entusiasmado com a exposição da temática.

Texto: Augusto Gomes

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