Encontro de Manejadores Florestais chega a sua 20° edição com celebrações e articulações dos próximos passos para 2023

Publicado em: 29 de março de 2023

                               Encontro contou com membros de oito comunidades da Reserva Mamirauá

                  Entre os dias 27 e 28 de março, manejadores da Reserva Mamirauá e técnicos do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (IDSM), realizam a 20ª edição do Encontro de Manejadores Florestais. O evento aconteceu no município de Tefé - Amazonas, no Centro de Treinamento Irmão Falco. O encontro teve o objetivo de analisar os resultados do processo de extração de madeira manejada na unidade de conservação do último ano, o panorama atual e futuro da assessoria do Programa de Manejo Florestal para os Planos de manejo na RDSM e o planejamento das atividades de Manejo Florestal 2022/2023.

                O encontro contou com membros de oito comunidades. Segundo a coordenadora do Programa de Manejo Florestal Comunitário, do Instituto Mamirauá, Emanuelle Pinto, são 20 anos de assessoria com planos de manejo nas comunidades, tratando sobre problemáticas, situações de licenciamento e mudanças na legislação. O manejo é comunitário, “os principais protagonistas são sempre os manejadores,  sempre as associações, eles são os donos dos planos de manejo, eles que executam essas atividades, nosso papel é trazer informações, encaminhar de certa forma as decisões tomadas nesse encontro e na assessoria e desenvolvimento do plano de manejo”, explica. 

                   Dividido em dois dias, o encontro trouxe, no primeiro dia, uma exposição das ações de manejo madeireiro em 2022 e apontou as comunidades que estão legalmente aptas a explorar a floresta neste ano. O segundo dia foi marcado por debates sobre novas ações que o Instituto Mamirauá implantará nas comunidades. 

                 O manejador da comunidade Barroso, Noé Parente da Paz, conta sobre sua experiência no manejo nesses últimos 19 anos: “me sinto feliz e orgulhoso nesse programa, como veterano, comecei na comunidade Maguari e hoje faço parte da comunidade Barroso, fazendo talhões, mas claro, teve momentos de altos e baixos, mas conversando com a comunidade e principalmente com os jovens, conseguindo”. Ainda segundo Noé, ter a juventude da comunidade engajada no manejo gera um impacto positivo para a continuidade desta atividade.

                Produzir madeira e produtos não-madeireiros com o mínimo de danos à floresta, é um processo de muita luta e resiliência, assim explica, o manejador do Sítio Fortaleza, Bernevaldo Martins: “A gente trabalha dentro da legalidade, trazendo recurso para comunidade, para famílias, parabéns para nossa comunidade e ao Instituto Mamirauá, foi uma luta e processo chegar até aqui”. São mais de 40 pessoas envolvidas no manejo entre homens e mulheres do sítio. 

              Com secas extremas, algumas comunidades se organizam criando pontes para não perderem a comercialização da madeira e conseguirem manter o fluxo de vendas positivo todos os anos.

Texto: Stéffane Azevedo

Últimas Notícias

Comentários

Receba as novidade em seu e-mail: