Instituto Mamirauá participa de lançamento da Marca Coletiva Flona Tefé
Publicado em: 4 de abril de 2023
Cerca de 4 mil agricultores e moradores da floresta serão beneficiados com o projeto
Representantes do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (IDSM) estiveram presentes no lançamento da Marca Coletiva Flona Tefé, na manhã desta quinta-feira (30), no Laboratório de Inovação do Sebrae (Sebraelab), e na tarde de sexta (01) no mercado Lima em Tefé. A marca é resultado de um longo processo que visa evidenciar o trabalho extrativista dos produtores da Associação de Produtores Agroextrativistas da Flona de Tefé e Entorno (Apafe), que agora, tem identidade própria formalizada.
O projeto que resultou a publicação do registro da Marca Coletiva pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) no início desse ano, foi promovido e financiado pelo Comitê sobre Desenvolvimento e Propriedade Intelectual (CDIP) da Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI), que contemplou projetos oriundos do Brasil, Bolívia, Filipinas e Tunísia. A Flona de Tefé, sendo a única selecionada no Brasil, esteve entre os 54 projetos escolhidos para receberem recursos para que todas as reuniões e consultorias especializadas necessárias para o registro da marca ocorressem. A submissão do projeto foi realizada e gerida pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) de Tefé e APAFE.
O Instituto Mamirauá foi uma das instituições parceiras na execução do projeto e esteve presente nas atividades desenvolvidas desde de 2021. O apoio do IDSM ao longo desse processo, ocorreu por meio de participação técnica nas reuniões de construção do Regulamento de Utilização da Marca Coletiva Flona Tefé e no diagnóstico das cadeias produtivas presentes no território para apoiar e subsidiar na escolha e priorização dos produtos que foram registrados na Marca Flona Tefé.
Tabatha Benitz, Analista de inovação e Pesquisa do Núcleo de Inovação e Tecnologias Sustentáveis (Nits), do IDSM, participou ativamente no desenvolvimento deste projeto, e explica a amplitude das possibilidades de melhorias com a oficialização da marca coletiva. “Além de representar um direito de propriedade coletiva , a marca coletiva também é uma ferramenta que impulsiona a organização e gestão das atividades produtivas dos envolvidos. Por meio da identificação dos produtos é impulsionada a busca de melhoria da qualidade e, com isso, a possibilidade de alcançar mercados diferenciados com melhores preços”, aponta. O projeto teve também colaboração de Fernanda Maria de Freitas Viana, coordenadora do Programa de Manejo de Agroecossistemas (PMA).
Entre os principais produtos comercializados pelos agroextrativistas estão a farinha e derivados da mandioca (goma, tucupi), castanha (torrada, salgada, doce e in natura) , pólen e vários outros da agricultura familiar e pesca. Foram registrados na marca os grupos de produtos Mandioca, Castanha e seus derivados. Cerca de 4 mil agricultores de 110 comunidades estão representados diretamente na Marca Coletiva Flona Tefé.
Agora, para os próximos passos, a APAFE (gestora da marca) e seus parceiros buscarão financiamentos com o objetivo de trabalhar os gargalos das cadeias produtivas registradas na marca, com atenção especial para melhoria da qualidade dos produtos, adequação das estruturas de beneficiamento, embalagem, divulgação e mapeamento para o acesso de novos mercados com preço justo.
Texto: Nayá Tawane
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