Instituto Mamirauá participa do 2º Simpósio Brasileiro de Ensino, Pesquisa e Extensão em Tecnologia Social em Brasília

Publicado em: 11 de novembro de 2024

Nos dias 28 e 29 de outubro, o Instituto Mamirauá esteve presente no 2º Simpósio Brasileiro de Ensino, Pesquisa e Extensão em Tecnologia Social, realizado na Embrapa, em Brasília. Convidada pela Associação Brasileira de Ensino, Pesquisa e Extensão em Tecnologia Social (ABEPETS) e pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), Dávila Corrêa, Diretora de Manejo e Desenvolvimento do Instituto Mamirauá, participou da atividade "Diálogos entre Experiências de Tecnologia Social e Políticas Públicas: acesso à água na Amazônia, no Semiárido e em periferias urbanas". Essa oportunidade foi fundamental para o compartilhamento de experiências e para a discussão de processos de implementação de tecnologias sociais visando o acesso à água, especialmente em regiões onde esse recurso é escasso.

Em sua apresentação, Dávila compartilhou o trabalho desenvolvido pelo Instituto Mamirauá na implementação do "Sistema de Bombeamento de Água com Energia Solar", uma tecnologia pioneira que tem contribuído para o acesso à água potável na Amazônia Central desde o ano 2000. Foi relatado a importância da energia solar fotovoltaica como alternativa sustentável e como, ao longo desses mais de 25 anos, o Instituto aprimorou essa tecnologia para atender às características únicas da região, adaptando-a aos ciclos sazonais do rio. Dávila destacou que esse projeto contou com a fundamental participação das mulheres da comunidade, as quais, engajadas, contribuem para o sucesso e continuidade da iniciativa. Outro ponto relevante abordado foi a importância de alinhar essas tecnologias com políticas públicas de adaptação para os eventos climáticos extremos, uma vez que a Amazônia é particularmente vulnerável às mudanças climáticas. Além disso, a gestão do sistema de bombeamento é fruto de uma interação contínua entre a população local, associações comunitárias e gestores públicos, evidenciando a relevância de uma atuação colaborativa que beneficia toda a comunidade.

Durante o evento, também foi apresentado o trabalho intitulado “Impactos da ausência de infraestrutura para o desenvolvimento socioeconômico da Amazônia”, de autoria de Rayssa Guinato, Luiz Loureiro e Dávila Corrêa. O estudo evidenciou que a ausência de infraestrutura comunitária na RDS Amanã limita o desenvolvimento das práticas produtivas, prejudicando setores como a agricultura, a pesca e o extrativismo vegetal. O estudo destaca que tecnologias sociais contextualizadas para a realidade amazônica, que vão além de melhorias econômicas, são fundamentais para proporcionar qualidade de vida e desenvolvimento territorial.

Por fim, o Simpósio também marcou o lançamento da “Coletânea de Experiências de Tecnologia Social na Amazônia”, resultado de um esforço coletivo entre INPA, Instituto Mamirauá e Museu Paraense Emílio Goeldi. Essa publicação representa um importante registro das diversas práticas de tecnologia social implementadas na região, reiterando o papel da ciência e da participação comunitária na construção de um futuro mais sustentável para a Amazônia.

Este evento contou com apoio do 2. Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, o Ministério do Desenvolvimento Agrário e da Agricultura Familiar, o Ministério do Trabalho e Emprego, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a Fundação Banco do Brasil.

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