Oficinas estimulam discussões sobre a higiene na ordenha para qualidade do leite entre ribeirinhos

Publicado em: 29 de maio de 2014

Hábitos adequados podem garantir a qualidade de produtos de origem animal e prevenir doenças. As oficinas de Ordenha Manual ministradas entre os dias 22 e 23 de maio pela pesquisadora Sara Regina Rufino do Instituto Mamirauá foram desenvolvidas para ajudar os ribeirinhos a aperfeiçoar os hábitos e melhorar a qualidade do leite. O evento aconteceu nas comunidades São João do Ipecaçu e Santo Estevão, na Reserva Amanã.
 
As oficinas trataram de cuidados antes da ordenha, como manter o local limpo e arejado, assear o animal e limpar os apetrechos utilizados. Pontos durante a ordenha, como ordenação correta dos animais, limpeza da úbere, desprezo dos primeiros jatos de leite – bem como do leite de animais doentes e em tratamento – e evitar escovação ou distribuição de ração durante o processo. E cuidados após a ordenha, como colocar as tetas em solução de glicerina iodada e higienizar os vasilhames e utensílios.
 
Apesar da ordenha ser uma tarefa secundária para os pequenos criadores da Reserva Amanã, no período de lactação dos animais a atividade se torna valorizada e revela potencial organizacional. Doutoranda em Engenharia de Processos, Sara Rufino explica que a oficina visou esclarecer a importância da higiene em todas as etapas do processo de ordenhar. "Tudo que tem relação à qualidade do leite. Bem como algumas zoonoses, importância e benefí­cios da pasteurização do leite", pontua a pesquisadora.
 
As oficinas realizadas pelo Programa de Manejo de Agroecossistemas fazem parte das ações do projeto "Participação e Sustentabilidade: o Uso Adequado da Biodiversidade e a Redução das Emissões de Carbono nas Florestas da Amazônia Central" – intitulado BioREC – desenvolvido pelo Instituto Mamirauá com financiamento do Fundo Amazônia. Ao todo, 22 ribeirinhos participaram da conscientização.

Por Everson Tavares

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