No Dia da Amazônia, saiba mais sobre o peixe-boi com a nova websérie do Instituto Mamirauá

Publicado em: 31 de agosto de 2018

A produção "Peixe-boi – Guardião das Águas Amazônicas" apresenta o trabalho dos cientistas do instituto para a conservação do mamífero aquático nas águas amazônicas. Primeiro episódio será lançado em 5 de setembro, Dia da Amazônia

Em comemoração ao Dia da Amazônia, 5 de setembro, o Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (IDSM) lança a websérie "Peixe-boi - Guardião das Águas Amazônicas", realizada com o apoio da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza. A série, de três episódios, será publicada às quartas-feiras, nos dias 05, 12 e 19 de setembro, às 16h (horário de Brasí­lia), simultaneamente nas páginas de Facebook e Youtube do instituto. Assista a seguir o primeiro episódio:

O projeto retrata a interação entre o peixe-boi amazônico (Trichechus inunguis), as comunidades ribeirinhas e pesquisadores do Mamirauá que, além de estudarem e monitorarem os animais, promovem ações de conscientização com a população regional sobre a importância de conservar a espécie.

O Grupo de Pesquisas em Mamíferos Aquáticos (Mamaq), que trabalha no Instituto Mamirauá com peixes-boi – que é o animal há mais tempo monitorado por suas equipes de campo –, realiza estudos que observam desde a dinâmica populacional, que se refere a dados como idade, distribuição e abundância do animal, até a ocorrência e os efeitos da caça de subsistência do mamífero.

Segundo a oceanógrafa Miriam Marmontel, pesquisadora líder do grupo, a caça ao peixe-boi ainda existe por toda a Amazônia. "A gente trabalha muito junto com as comunidades, em termos de educação ambiental, para que isso diminua. ", afirma.

Conscientizar para conservar

Além de Miriam, a série entrevistou as pesquisadoras Hilda Chávez-Pérez e Camila de Carvalho, que relatam como são feitas as iniciativas de conscientização das populações ribeirinhas quanto à importância de se conservar o peixe-boi. As ações de pesquisa, reabilitação, conservação e educação, que acontecem desde a década de 90, já mostram resultados bem significativos, tendo praticamente erradicado a caça em algumas regiões, como o lago Amanã.

"Quando a gente conscientiza o povo, tudo melhora. E a gente vê que agora aumentou muito o número de peixes-boi. ", conta Luiz Sérgio dos Reis, morador da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Amanã.

"Eu me sinto bem feliz de escutar pescadores que chegaram a caçar mais de 60 peixes-boi na vida dizendo que estão fazendo a sua parte, não caçando, porque acham bonito ver o peixe-boi vivo. ", relata Hilda.

Pesquisa e monitoramento

No segundo episódio - "Educação para proteger" - as cientistas do IDSM explicam como e por que são feitos os estudos com os peixes-boi. "Quanto mais você conhecer da espécie, dos aspectos ecológicos, biológicos, mais você tem informações para criar estratégias e subsidiar a conservação. ", conta Camila.

O vídeo mostra o processo de pesquisa com telemetria – técnica utilizada pelas equipes de campo do instituto, que possibilita o monitoramento à distância, através da instalação de cintos transmissores nos animais.

Finalizando a websérie, o terceiro episódio – "Conheça os pesquisadores" – apresenta as trajetórias das três cientistas entrevistadas, até o encontro de cada uma delas com o peixe-boi amazônico.

A websérie

A produção do projeto utilizou tecnologia de ponta para a realização das filmagens, com imagens geradas por drones e câmeras subaquáticas. A realização foi possível graças ao apoio da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza. As gravações aconteceram na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Amanã, no estado do Amazonas, ao longo de diversas expedições científicas.

O conteúdo será publicado nas páginas de Facebook (facebook.com/institutomamiraua) e Youtube (youtube.com/institutomamiraua) do IDSM, nos dias 05, 12 e 19 de setembro às 16h.

Texto: Bernardo Oliveira

 

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