Mesa Redonda contextualiza as alianças entre saberes tradicionais e conhecimento Científico

Publicado em: 13 de julho de 2012

     13/07/2012 – O Instituto Mamirauá promoveu ontem (12), a mesa redonda: "Alianças entre saberes tradicionais e conhecimento científico: os desafios e oportunidades na Amazônia", no segundo dia do 9º Seminário Anual de Pesquisa. Sob moderação de Nelissa Peralta, pesquisadora do Instituto Mamirauá, e convidados: Dr. Ennio Candotti, do Museu da Amazônia; Dr. Carlos Emanuel Sautchuk, Universidade de Brasí­lia; Jorge Carvalho, da Associação de Pesquisadores do Setor Jarauá e Dr. Leandro Castello, do Woods Hole Research Center.

     Carlos iniciou sua participação dizendo que os conhecimentos se adaptam à realidade, tratou da diferença entre o acordo prático e desacordo lógico. Em seguida, o pescador Jorge deu início à sua fala, dizendo que antigamente, ser pescador era considerado arte. Contou um pouco sobre a sua trajetória de vida, e da importância em trabalhar com o Instituto Mamirauá, pois antes o pirarucu do Jarauá estava acabando.

    Já o Dr. Leandro Castello demonstrou um slide intitulado "A integração do conhecimento" e discorreu sobre a importância do uso deste conhecimento, demonstrando que o monitoramento pode gerar conservação, mas que há grandes desafios como, por exemplo, as mudanças globais.

  O Dr. Ennio Candotti disse em um dos seus argumentos que é preciso dar mais valor à floresta. De um jeito retórico complementou: "Conhecer para conservar ou conservar para conhecer?". Candotti explicou que os conhecimentos tradicionais se baseiam em modos de se observar a natureza: "Esses conhecimentos são diferentes dos nossos. Precisamos fazer com que a floresta seja defendida pelo conhecimento e principalmente por quem vive nela".

   As ponderações giraram dentro da relevância dessas duas formas de "saber", que são tão díspares, mas que ao mesmo tempo se complementam. Os palestrantes buscaram disseminar a ideia de que é preciso compreender e conhecer ainda mais sobre os recursos existentes, e ainda, qual seria o papel do pesquisador dentro desse mesmo universo, pois como enfatizou o Dr. Ennio Candotti "Há pequenas diferenças que fazem grandes resultados".

Texto: Renata Brandão

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