Manejadores de peixes ornamentais avaliam atividade na Reserva Amanã

Publicado em: 12 de abril de 2012

Manejadores de peixes ornamentais da Reserva Amanã reuniram-se em março, na comunidade Monte Sinai, município de Maraã (AM), para o encontro anual que avalia a atividade de manejo. Sete, dos doze manejadores, analisaram alguns aspectos da produção, como o melhor momento para coleta do acará-disco – espécie explorada atualmente, e o uso de materiais reutilizáveis na construção dos viveiros. 

 
Segundo Gabriela Carvalho, pesquisadora do Programa de Manejo de Pesca do Instituto Mamirauá, que assessora o Grupo de Manejadores de Peixes Ornamentais de Amanã, as experiências dos anos anteriores mostraram que o melhor momento para a coleta é entre os meses de setembro e outubro, antes do primeiro "repiquete" (um fenômeno natural que ocorre durante a seca, quando as águas dos rios sobem e depois tornam a descer). Neste momento, o ní­vel d’água ainda não é muito baixo, o que faz com que os peixes ainda sejam encontrados em abundância nas galhadas artificiais construí­das pelo grupo.
 
Além disso, os produtores irão substituir pelo menos parte das boias de madeira, utilizadas para flutuação dos viveiros que armazenam os peixes após a coleta, por bases que serão confeccionadas com garrafas pet. Os manejadores irão promover uma arrecadação de garrafas nas comunidades do entorno do Lago Amanã, onde a atividade é realizada.
 
As atividades que deram suporte ao manejo de peixes ornamentais na Reserva Amanã tiveram início em 2005. Já em 2008 foi realizada a primeira pesca, ainda em caráter experimental. Regiões do estado do Amazonas, que adotam uma prática desordenada, comercializam o acará-disco por um valor médio de dois reais. "O preço dos discos da Reserva Amanã varia entre 4 e 40 reais, dependendo do padrão de qualidade do peixe, que envolve a coloração das escamas, estado das nadadeiras e cor dos olhos", afirmou a pesquisadora. 
Texto: Eunice Venturi
 

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