Juventude é a aposta de Acordo de Pesca na Amazônia

Publicado em:  8 de março de 2018

Fernando Palheta Oliveira, 22 anos, nasceu na comunidade Bom Jardim do Capivara, no Amazonas. Ele é um dos estudantes do Centro Vocacional Tecnológico (CVT) do Instituto Mamirauá. O jovem busca conhecimento voltado aos recursos pesqueiros da unidade de conservação Amanã. "O objetivo é conhecer meios para amenizar a falta de fiscalização nos lagos da nossa região". Veja o que ele disse sobre o curso nesta entrevista ao site do Instituto Mamirauá.

As atividades do Centro Vocacional Tecnológico do Instituto Mamirauá – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicação (MCTIC) – contam com recursos da Gordon And Betty Moore Foundation.

Como começou o seu envolvimento comunitário? E o que te motivou a ingressar no CVT?

Toda minha família tem um envolvimento comunitário, meus pais, tios e irmãos. Então, tive muita influência familiar. Meu pai e meu tio estiveram à frente no processo de organização para formar o acordo de pesca na região. Meu pai foi o meu principal incentivador para ingressar no CVT. Com o conhecimento adquirido no CVT, nós esperamos renovar a coordenação do acordo e envolver mais jovens.

Como está sendo sua experiência no CVT?

Estou achando bastante proveitoso. Nós aprendemos muitas coisas novas nas aulas e atividades de campo. As oficinas são mais voltadas para as unidades de conservação e os recursos naturais da área, e eu acho importante ter essa conscientização. É o que nós precisamos realmente. Eu fico feliz em ter essa oportunidade porque eu sei que não são todos que podem ter essa experiência. Acho que também falta interesse. Mas eu espero poder repassar todo o conhecimento que estou adquirindo aqui para outros jovens.

Como está sendo o processo de construção do seu plano de trabalho e o que você irá abordar?

No diagnóstico, a comunidade apontou dois problemas: a questão da fiscalização e do patrimônio. O meu plano de trabalho será voltado para a primeira parte, enquanto um colega da turma abordará o outro problema. Eu estou recebendo bastante apoio para desenvolver esse trabalho, até porque minha família está envolvida no acordo de pesca e acaba ajudando a mobilizar os outros moradores.

Como você pretende trabalhar essa questão da fiscalização dentro da comunidade?

O primeiro passo é buscar trabalhar junto à coordenação para reunir pescadores e comunitários a fim de discutir as ações que iremos desenvolver.

Entre os temas estudados em sala, além das aulas voltadas para os recursos pesqueiros, o que mais chamou sua atenção?

Eu me interessei pelo trabalho do Programa de Turismo de Base Comunitária. Nós tivemos algumas oficinas e saímos com o intuito de implementar esse empreendimento no acordo de pesca esse empreendimento. Seria uma fonte de renda alternativa para comunidade.

 

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