Instituto Mamirauá realiza Curso de Multiplicadores em Manejo de Abelhas sem ferrão

Publicado em: 11 de setembro de 2013

O Instituto Mamirauá, por meio do Programa de Manejo de Agroecossistemas, realizou o I Curso de Multiplicadores em manejo de abelhas nativas sem ferrão. O curso foi realizado no período de 26 a 29 de agosto de 2013, em Tefé, Amazonas e foi voltado para profissionais que atuam na implementação de sistemas de manejo de abelhas sem ferrão. O objetivo foi oferecer instrumentos para o manejo de abelhas sem ferrão em vários ambientes, ajudando a criar ações de forma mais estratégica.

No primeiro dia, foram abordados os seguintes tópicos: contextualização do processo de manejo de abelhas sem ferrão (melíponas) nas Reservas Mamirauá e Amanã, proposta de trabalho para atuação em Reservas de Desenvolvimento Sustentável, teoria da construção de caixas-colmeia, seguida de uma prática onde os alunos construíram as caixas para criação de abelhas, finalizando com um debate sobre a prática de construção das caixas-colmeia e os encaminhamentos para a prática de transferência da colmeia de dentro do tronco para a caixa.

No dia 27, os participantes aprenderam sobre multiplicação e divisão das colmeias, meliponário (coleção de colmeias de abelhas sem ferrão), os cuidados que devem ser tomados antes, durante e após a transferência da colmeia do tronco para a caixa e logo em seguida efetuaram a transferência do ninho do tronco para uma caixa que eles mesmos construíram. No terceiro dia, debateram sobre legislação, regulamentação e fiscalização, aprenderam sobre manejo das abelhas (prática e cuidados) como deve ser feita a visita às abelhas transferidas e também sobre assessoria técnica.

Ao final do curso os participantes se deslocaram até a Floresta Nacional de Tefé para uma prática de campo, onde visitaram o criadouro de abelhas nativas, realizaram a transferência da colmeia do tronco para a caixa e puderam realizar a manutenção das caixas-colmeia do criadouro. Para Clayton Pacheco Dutra, técnico em Agropecuária do Instituto Federal de Mato Grosso, a experiência foi enriquecedora tanto pelo conteúdo ministrado como pela troca de experiência e pela vivência em uma realidade diferente.

"Aprendi muito, tanto no que se refere aos conhecimentos técnicos como também os aspectos culturais, as formas do ribeirinho trabalhar, as técnicas de manejo, além de poder conhecer outras técnicas de criação. Esse curso foi importante, pois já trabalho com meliponídeos (abelhas sem ferrão) lá no Mato Grosso e com certeza levarei daqui as técnicas que aprendi para poder aplicar na minha região", concluiu Clayton.

O curso contou com 18 participantes da Associação de Criadores de Abelhas Nativas (ACRIAPA/SPVS) de Curitiba (PR), Associação de Certificação Socioparticipativa da Amazônia (ACS Amazônia) de Rio Branco (AC), Universidade Metodista de Piracicaba (UNIMEP - SP), Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT – Campus Juína), Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado Do Amazonas (IDAM) de Manaus, Tefé, Juruá, Codajás e Amaturá e da Secretaria Municipal de Produção Agrícola (SEMPA – Tefé).

Texto: Francisco Rocha

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