Instituto Mamirauá promove 6ª edição do curso de Gestão Compartilhada dos Recursos Pesqueiros
Publicado em: 24 de abril de 2015
Entre os dias 15 e 24 de abril acontece em Tefé a 6ª edição do curso de "Gestão Compartilhada dos Recursos Pesqueiros com foco no Manejo Participativo de Pirarucu (Arapaima gigas) em ambientes de várzea". O evento é promovido pelo Instituto Mamirauá e reúne 24 participantes.
O principal objetivo do curso é incentivar a multiplicação das ações do manejo participativo de pesca em outras regiões. O Instituto Mamirauá tem mais de dezesseis anos de atuação em sistemas de manejo dos recursos naturais, junto às populações ribeirinhas da Amazônia. Partindo dessa experiência, pretende-se compartilhar o conhecimento adquirido, promovendo a formação de multiplicadores que possam desenvolver ações de conservação em outras áreas.
Ao iniciarem as atividades, o grupo realizou um intercâmbio de experiências, com apresentações dos participantes. Isso proporciona um espaço de troca importante, já que cada sistema de manejo tem uma história diferente. "Tentamos refletir com eles que caminho seguir, o que é possÃvel fazer. Um exemplo são os participantes que vieram do Acre. Eles atuam em uma quantidade de lagos muito reduzida, em terra firme. Isso já impõem um diferencial grande. Orientamos que nesse caso deveriam ser feitas pesquisas para entender se o pirarucu nessas áreas se comporta diferente, para pensar em estratégias mais adequadas para aquela realidade", mostra Ana Cláudia Torres, coordenadora do Programa de Pesca do Instituto Mamirauá.
Nilcinha Ferreira, da comunidade Mamuri, em Careiro (AM), é agente ambiental voluntária. Ligada ao projeto Pé-de-Pincha, ela participou desse curso tendo em vista um acordo de pesca para o Lago Mamuri. "Nós estamos discutindo o acordo de pesca há três anos e precisamos saber mais sobre o manejo. O tanto de coisa que eu já ouvi, já gravei, já escrevi aqui. Estou para acabar um caderno de tanto escrever.... Nós temos vários desafios, de nos organizarmos e respeitarmos nossas regras, mas eu estou buscando esse aprendizado para levar para nossos projetos ", avalia Nilcinha.
Durante os dez dias de atividades, foram tratados temas como: bases antropológicas e sociológicas sobre o modo de vida das populações, com enfoque no conceito de economia camponesa e nos princÃpios de associativismo; descrição do processo de implementação do Manejo Participativo de Pirarucu nas Reservas Mamirauá e Amanã, com enfoque nas metodologias participativas para o estabelecimento de regras e acordos de uso comum dos recursos pesqueiros; fundamentos da biologia e ecologia do pirarucu e a importância da várzea para a produtividade pesqueira; princÃpios, diretrizes e metodologias de zoneamento e a importância de sua correta definição na reprodução, uso de habitat, alimentação, crescimento e movimentação do pirarucu.
Em dois dias de atividades em campo, o grupo também conheceu mais sobre o método de contagem de pirarucu, desenvolvido pelo Instituto Mamirauá, e sobre a pesca manejada. As atividades ocorreram na comunidade Jarauá, na Reserva Mamirauá. Essa foi a primeira comunidade que realizou a pesca manejada de pirarucu, em 1999. "O grupo pode conhecer, por meio dos comunitários, como esse processo ocorreu, as dificuldades vividas e superadas ao longo do tempo. No Jarauá, eles vivenciaram os desafios da implementação do manejo, e falam hoje o que eles avaliam desse processo, o quanto eles já evoluÃram e o quanto precisa ser melhorado", completa Ana.
Texto: Vanessa Eyng
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