Instituto Mamirauá promove 3ª Oficina de Formação de Agentes Ambientais Voluntários

Publicado em: 14 de abril de 2015

A primeira Oficina de Formação de Agentes Ambientais Voluntários de 2015 acabou de acontecer. De 07 a 10 de abril, um grupo de 40 pessoas participou das atividades, que foram desenvolvidas na comunidade Campo Novo, setor Liberdade, na Reserva Mamirauá.  O Instituto Mamirauá viabilizou o evento, realizando também a mobilização nas comunidades, convidando e articulando os presentes.

Os participantes dessa edição eram majoritariamente moradores e usuários da Reserva Mamirauá. Mas moradores do município de Uarini, no Amazonas, também participaram do evento. Esses fazem parte do Conselho Tutelar, da Secretaria do Meio Ambiente e da Guarda Municipal da cidade. "Isso demonstra que a proposta de formar esses Agentes Ambientais Voluntários está tendo aceitação não só nas reservas, mas também com outros parceiros que interagem conosco na questão da proteção ambiental. Por exemplo, eles podem atuar em casos de destinação inadequada de resíduos sólidos", afirma Paulo Roberto e Souza, responsável pelas atividades de Proteção Ambiental no Instituto Mamirauá.

A formação de um Agente Ambiental Voluntário passa por dois momentos principais. Primeiro, a oficina de formação, onde são discutidos em grupos temas importantes sobre as funções a serem desempenhadas. Nesse momento, os Agentes Ambientais Voluntários definem um plano de trabalho, por comunidade. Eles têm 3 meses para realizar o plano, para depois se reunirem novamente, em uma reunião de avaliação. "Com resultados positivos, os novos Agentes Ambientais Voluntários são credenciados.  A nossa expectativa é que em julho iremos a campo, junto com o gestor da Reserva Mamirauá, para fazermos a avaliação deste grupo. Torcemos que os 40 digam sim à proposta de se tornarem Agentes Ambientais Voluntários", reforça Paulo Roberto.

As oficinas são conduzidas por uma equipe da Secretaria do Meio Ambiente do Estado do Amazonas (Sema). Dinâmicas discutiram o papel do agente ambiental, o seu perfil e as incumbências. Os participantes também argumentavam sobre o que era ou não crime ambiental, sobre o que é cabível de ser feito em diferentes situações, sempre a partir do trabalho e da reflexão em grupo. "Mesmo com a reforma administrativa dos órgãos responsáveis por essa formação, não foi alterada a estrutura do programa. O próprio Estado enxerga a importância desse programa para as suas unidades de conservação", diz Paulo Roberto.

As ações do projeto preveem a formação de 200 agentes ambientais. Em 2014, duas oficinas já foram promovidas.  Um total de 79 Agentes Ambientais Voluntários foram credenciados e já estão atuando nas Reservas Mamirauá e Amanã. "Esse número engloba um grupo de agentes ambientais que foram formados em 2013, na Reserva Amanã. Quando do credenciamento da primeira turma, em junho de 2014, eles foram credenciados juntos", pontua Paulo Roberto.

Para o ano de 2016 está prevista a realização de mais uma oficina de formação.  Paulo Roberto acrescenta que "teremos um tempo maior para avaliarmos os impactos das formações que já realizamos, descobrindo quem de fato vai seguir na atuação. Além disso, como formamos Agentes Ambientais Voluntários que atuam em áreas que desenvolvem programas de manejo, principalmente de pesca, poderemos avaliar melhor que área deve ser priorizada nessa última oficina".

Essas ações fazem parte do projeto "Participação e Sustentabilidade: o Uso Adequado da Biodiversidade e a Redução das Emissões de Carbono nas Florestas da Amazônia Central" –BioREC – desenvolvido pelo Instituto Mamirauá com financiamento do Fundo Amazônia.

Texto: Vanessa Eyng

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