Instituto Mamirauá e moradores das Reservas Mamirauá e Amanã desenvolvem iniciativas para a conservação de jacarés amazônicos

Publicado em: 22 de abril de 2013

Moradores e usuários, das Reservas de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá e Amanã, reuniram-se com integrantes do Programa de Conservação e Manejo de Jacarés do Instituto Mamirauá, no dia 6 de abril, para dar continuidade ao estabelecimento de estratégias comunitárias de conservação de vertebrados aquáticos, tendo como foco os jacarés amazônicos.

Segundo a bióloga, Kelly Torralvo, as ações estão sendo fortalecidas pelo Projeto Aquavert, que é desenvolvido pelo Instituto Mamirauá, com patrocínio da Petrobras, por meio do Programa Petrobras Ambiental, utilizando a educação ambiental como ferramenta para consolidar parcerias com comunidades locais de diversas unidades de conservação.
 
"O intercâmbio entre o conhecimento tradicional e o conhecimento científico é o eixo fundamental neste tipo de atividade. O mapeamento participativo é o primeiro passo para a aproximação entre ribeirinhos e pesquisadores. Em conjunto com os métodos padronizados dos pesquisadores e técnicos, inicia-se a construção de um sistema participativo de informações, que se reverte em estratégias conjuntas para a conservação e o potencial uso dos recursos naturais com critérios de sustentabilidade", esclarece o biólogo, Robinson Botero-Arias, coordenador do componente jacarés do Aquavert.
 
As ações, do programa, têm resultado no envolvimento das comunidades para incrementar o potencial de informações sobre a biologia e ecologia das espécies de jacarés amazônicos. "No último ano, conseguimos registrar mais de 500 ninhos de jacarés, na Reserva Mamirauá, assim como outras informações novas sobre a biologia dessa espécie. Com certeza, sem o apoio das comunidades não teríamos atingido este nível de informação", explicou Robinson.
 
A atividade contou com representantes das comunidades de: Porto Alegre, Porto Alves, Paraíso e Curupira, que confeccionaram um mapa participativo do setor, indicando a presença ou ausência das espécies jacaré-açu, jacaretinga e jacaré-paguá e suas áreas de nidificação em corpos hídricos. O próximo passo consiste em visitar as comunidades e realizar o planejamento das atividades de validação de mapas participativos, com coleta de informações no campo, para a próxima temporada de reprodução dos jacarés, que inicia em setembro.
 
Texto: Thiago Almeida
 

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