Instituto Mamirauá apresenta oficina de mapeamento participativo a moradores da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Piagaçu-Purus

Publicado em: 27 de março de 2013

Cooperação, este foi o sentimento presente nas atividades que aconteceram entre os dias 14 e 18 de março nas comunidades da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Piagaçu-Purus (RDS Piagaçu-Purus) no município de Anori - AM. O Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, por meio de seu projeto de Conservação de Vertebrados Aquáticos Amazônicos (Aquavert), em parceria com o Instituto Piagaçu-Purus, desenvolveu junto às comunidades de Cuianã e Itapuru, uma série de oficinas socioambientais. As atividades tiveram como objetivo viabilizar a construção de um mapeamento participativo das áreas na reserva onde há a ocorrência de ninhos das espécies jacaré-açu  e jacaretinga.

Os dois dias de oficinas, 16 e 17 de março, possibilitaram aos 35 moradores locais que participaram das atividades a oportunidade de familiarizar-se de temas como: legislação, tomada de decisões e estratégias de conservação importantes para ações futuras.
 
A bolsista de pesquisa do Programa de Conservação de Jacarés Kelly Torralvo, explica que a principal característica do mapeamento participativo é o envolvimento da comunidade local e a valoração do saber tradicional: "O mapeamento participativo é uma atividade onde os comunitários desenham a reserva, identificando áreas para a cultura de subsistência e conservação. O intuito desse processo é trabalhar estratégias de monitoramento e conservação das espécies de jacarés com envolvimento comunitário", afirmou.
 
Ainda sobre o mapeamento participativo, o pesquisador e coordenador do componente jacarés do projeto Aquavert, Robinson Botero-Arias, chama a atenção para o aspecto mais importante dessa metodologia, o aspecto participativo: "A partir de uma metodologia simples, consegue-se organizar e quantificar as informações e conhecimentos dos moradores locais. Sem dúvida, a relevância maior do mapeamento participativo é o reconhecimento do saber tradicional e cotidiano das comunidades locais, de forma tal que esta informação possa ser usada na estruturação de ações de pesquisa e conservação", afirmou o pesquisador.
 
O processo de cooperação entre os institutos de pesquisa Mamirauá e Piagaçu-Purus vem acontecendo desde 2007 e foi potencializado com o apoio do projeto Aquavert, iniciativa desenvolvida pelo Instituto Mamirauá com patrocínio da Petrobras, por meio do Programa Petrobras Ambiental. A parceria em torno do mapeamento participativo propiciou trocas de conhecimentos e articulações que futuramente poderão garantir uma abrangência geográfica maior dos projetos em desenvolvimento, beneficiando o meio ambiente e as comunidades ribeirinhas tradicionais. 
 
Texto Thiago Almeida
 

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