Geógrafo do Instituto Mamirauá é palestrante em evento de Ciências Ambientais do Amapá
Publicado em: 21 de novembro de 2016
Desde o dia 21 de novembro, o geógrafo Jefferson Ferreira-Ferreira, do Instituto Mamirauá – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações -, está em Macapá para participar do IV Encontro de Ciências Ambientais do Amapá, realizado entre os dias 23 e 25 de novembro pela Universidade Federal do Amapá. No evento, que tem o tema "Geotecnologia no meio do mundo", Jefferson será um dos palestrantes a falar sobre a utilização de Sistema de Informação Geográfica (SIG) nas pesquisas sobre biodiversidade e conservação e também para ministrar um minicurso.
Participam do evento estudantes e profissionais da área. O minicurso acontece nos dias 21 e 22, com o tema "Aplicações em Ecologia do Movimento e Conectividade da Paisagem em SIG". Jefferson explica que a Ecologia do Movimento busca identificar aspectos relacionados ao movimento da fauna no ambiente. "Como aspectos reprodutivos do animal estão relacionados com o movimento dele? Como aspectos do ambiente interferem no movimento dele ou não? Esse tipo de análise pode nos ajudar a responder perguntas com foco em conservação", disse o geógrafo.
De acordo com Jefferson, a Conectividade da Paisagem é um modelo utilizado em SIG que pode contribuir para o estabelecimento de novas estratégias de conservação para a fauna ou para ambientes que necessitam de proteção. "A Conectividade da Paisagem é um modelo matemático utilizado no SIG, em que a gente calcula o quanto a paisagem é conectada para o movimento de um animal, baseado no conhecimento da ecologia do bicho. Conseguimos prever quais caminhos o animal poderia fazer na paisagem. Isso serve para estabelecer políticas de conservação em áreas importantes para uso desses animais", comentou Jefferson.
No Instituto Mamirauá, alguns projetos utilizam SIG para monitorar a movimentação de espécies em áreas protegidas. Como é o caso das pesquisas com onças-pintadas, em que animais capturados recebem colares de GPS, que registram diariamente a movimentação deles pela floresta na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, no Amazonas. A partir do monitoramento, os pesquisadores buscam compreender como se movimentam as onças da várzea Amazônica e como a variação do nÃvel da água, ao longo do ano, interfere na movimentação desses animais.
O geógrafo vai palestrar no painel "SIG e Conservação da Biodiversidade" na tarde do dia 24 de novembro. Também participam desse painel Adriana Paese (SCGIS/EUA), Luis Barbosa (CI/PA) e Elson Lima (Casa da Floresta/ SP).
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