Estudo analisa padrões de crescimento e movimentações de quelônios da Amazônia
Publicado em: 9 de julho de 2015
A pesquisa busca avaliar o padrão de crescimento e movimentação da espécie nas áreas amostradas, por meio das recapturas realizadas pela equipe. Cada animal encontrado em campo pelos pesquisadores recebe uma marca de identificação. Suas medidas e peso são registrados e podem ser comparados posteriormente, no caso da recaptura do mesmo animal em vida livre.
Ao longo desses 18 anos de trabalho com quelônios na Reserva Mamirauá, foram capturados cerca de 7 mil indivÃduos de Iaçás, e deste número, 271 foram recapturadas.
Para a pesquisadora do Instituto Mamirauá, unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Ana Júlia Lenz, "um dado muito interessante foi recapturar uma iaçá 10 anos depois da primeira captura. Este registro nos dá uma ideia da longevidade da espécie e permite avaliar o crescimento do indivÃduo. Para essa espécie, Iaçá, não se tem dados de crescimento e não se sabe exatamente quanto tempo elas levam para se tornarem adultas. Então, há uma série de lacunas para serem estudadas em relação a biologia dessa espécie".
A baixa taxa de recaptura, de acordo com os pesquisadores, pode ser em função do deslocamento da espécie, ou seja, elas podem estar migrando para outras áreas da Reserva ou pela exploração da espécie, muito apreciada como alimentação na região.
Ainda de acordo com a pesquisadora, através deste estudo de longo prazo foi possÃvel calcular taxas de crescimento de Iaçá, de indivÃduos juvenis e adultos. Sendo que os jovens apresentaram crescimento superior aos indivÃduos na idade adulta. "Outro aspecto avaliado foi a movimentação. Por exemplo, quando um indivÃduo é marcado em um local e recapturado em outro podemos calcular a distância percorrida por ele. Registramos um indivÃduo que se deslocou quase 100 km entre o ponto de captura e recaptura. ", afirmou.
"Conhecer o desenvolvimento desses animais, como: o quanto eles crescem, quanto tempo para chegar à maturidade, para onde vão e quais são as rotas de migração é importante, pois com esses dados será possÃvel elaborar estratégias de conservação pra essa espécie, que é classificada como ameaçada de extinção", reforçou a pesquisadora.
Texto: Aline Fidelix
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