Comitiva dos Ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação e dos Povos Indígenas realiza visita técnica ao Instituto Mamirauá

Publicado em: 26 de Janeiro de 2024

Entre os dias 24 e 26 de janeiro de 2024, uma comitiva do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e do Ministério dos Povos Indígenas realizou uma visita técnica à sede do Instituto Mamirauá, em Tefé, e às bases de campo na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá e na Floresta Nacional de Tefé.

A visita iniciou na sede do Instituto Mamirauá, onde ocorreu uma apresentação sobre a instituição, ministrada pelo diretor-geral João Valsecchi do Amaral, assim como uma visita ao acervo da Coleção Arqueológica. Visto que o objetivo da visita foi conhecer as ações desempenhadas pelo Instituto Mamirauá, com foco no Projeto Providence (uma colaboração internacional entre o Instituto Mamirauá e o Laboratório de Bioacústica Aplicada da Universidade Politécnica da Catalunha na Espanha), houve uma apresentação sobre o Programa Providence Amazônia feita pelo diretor técnico-científico do Instituto Mamirauá e idealizador e coordenador do programa, Dr. Emiliano Ramalho, e uma demonstração em tempo real para mostrar a capacidade da tecnologia empregada. O Projeto Providence utiliza inteligência artificial e tecnologia de aprendizado de máquina para realizar estudos sobre a biodiversidade, tendo potencial para ser aplicado no monitoramento de impactos ambientais. Na demonstração prática que ocorreu durante a visita, o sistema Providence realizou a detecção automatizada do som de uma motosserra.

Sobre a visita, Tanara Lauschner, subsecretária da SCTA / MCTI, afirmou, "fiquei profundamente impressionada com a diversidade e o impacto dos projetos em andamento. Através de pesquisas inovadoras, o Instituto Mamirauá promove uma compreensão mais profunda dos ecossistemas amazônicos, desenvolvendo estratégias de manejo sustentável que beneficiam tanto as comunidades locais quanto a biodiversidade. A dedicação à educação sobre a importância da ciência e tecnologia no enfrentamento dos desafios ambientais reforça o papel vital do Instituto como elo entre ciência, sociedade e políticas públicas. A experiência de testemunhar os esforços e a paixão dos envolvidos foi verdadeiramente inspiradora e espero poder colaborar ainda mais com esse trabalho através da subsecretaria de ciência e tecnologia para a Amazônia".

© Miguel Monteiro
© Miguel Monteiro
© Miguel Monteiro

André Baniwa, coordenador-geral de promoção à cidadania do Ministério dos Povos Indígenas, também comentou, "gostei e fiquei muito feliz de ver a valorização e promoção do conhecimento indígena nas pesquisas do Instituto Mamirauá e a preocupação com as violências que estão sofrendo. E, ainda, a tecnologia desenvolvida pelo Instituto Mamirauá para beneficiar os indígenas no monitoramento do território, construindo uma parceria".

A visita técnica seguiu para a Reserva Mamirauá, onde a comitiva conheceu a Pousada Uacari, iniciativa de turismo de base comunitária. A seguir, conheceram as instalações do Laboratório Satélite – Vitória Régia, flutuante de pesquisa que faz parte do Projeto SALAS (Sistema Amazônico de Laboratórios Satélites), onde foram apresentadas e discutidas ações nas áreas de medicina da conservação e saúde única e o fortalecimento das ações do Instituto Mamirauá em Terras Indígenas e outros territórios protegidos. Ainda na reserva, a comitiva teve a oportunidade de fazer uma trilha pela floresta de várzea. Antes de retornar a Tefé, a comitiva também conheceu o Laboratório Satélite – Sumaúma, instalação mais recente do Projeto SALAS na Floresta Nacional de Tefé.

A visita técnica foi produtiva, sendo possível destacar a atuação do Instituto Mamirauá como centro de excelência em pesquisa e seu papel primordial na conservação da Amazônia. De acordo com o diretor-geral da instituição, João Valsecchi do Amaral, “o fortalecimento da parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e a construção de uma parceria sólida e duradoura com o Ministério dos Povos Indígenas permitirão a aplicação da ação de ciência, tecnologia e inovação na adoção de estratégias e políticas públicas de conservação e uso sustentável da biodiversidade da Amazônia. A consolidação dessa colaboração tripartite ocorre no ano em que comemoramos 25 anos de Instituto Mamirauá e deve se tornar um marco histórico para o desenvolvimento regional, justo, inclusivo e sustentável”.

Texto: Miguel Monteiro

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