Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá

Centro Vocacional Tecnológico do Instituto Mamirauá começa temporada de 2017 com nova turma

"Quando eu soube que não tinha limite de idade para participar do CVT, nossa, pulei de alegria! ", conta empolgada Ednelza Martins, 45 anos. Ela fez a inscrição e agora é uma das vinte e três estudantes da nova turma do Centro Vocacional Tecnológico (CVT) do Instituto Mamirauá, unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia Inovações e Comunicações (MCTIC). As aulas da temporada 2017-2018 começaram na segunda quinzena de março e atendem pessoas pertencentes a comunidades da região do Médio Solimões, no estado do Amazonas.

De Ednelza a Kélita Gondim, uma das mais jovens do grupo, com 19 anos, a turma selecionada para a formação do Centro Vocacional Tecnológico é bem diversa em idades e ocupações. Em comum, os participantes têm uma participação ativa em suas comunidades e o desejo de melhorar as condições de vida dos lugares de onde vêm. "Os selecionados para o CVT são indicados pelas próprias comunidades e todos comprovaram ter uma postura atuante dentro de associações, acordos de pesca e outros espaços de coletividade", comenta Sandro Augusto Regatieri, coordenador do CVT. "É uma turma bem heterogênea e interessada, estamos com boas expectativas".

CVTs - Os Centros Vocacionais Tecnológicos são espaços de ensino e profissionalização, uma iniciativa do MCTIC com a meta de ampliar o acesso ao conhecimento científico e tecnológico. São mais de 300 centros no Brasil atualmente. No Amazonas, o CVT do Instituto Mamirauá foi o primeiro em seu gênero. O Centro Vocacional Tecnológico conta com financiamento da Fundação Gordon and Betty Moore.

A programação das turmas no Instituto Mamirauá inclui aulas formais, com temas que vão de legislação e gestão comunitária até tecnologias sociais e manejo de pesca e de agrossistemas, e atividades de campo. Em seguida, cada participante vai desenvolver um projeto em parceria com suas comunidades e associações, com foco na melhoria da qualidade de vida.

Texto: João Cunha