Produtos florestais não madeireiros são expostos em São Paulo
Publicado em: 27 de dezembro de 2019
Artesanato de comunidades ribeirinhas do interior da Amazônia foi exposto em edição da Feira na Rosembaum
Pelas mãos de uma artesã ribeirinha da Amazônia, um galho de uma árvore pode ser transformado em uma ‘colher’ gigante que logo atrai os olhares dos apaixonados por decoração, design e brasilidades que visitaram a Feira na Rosembaun, em São Paulo.
Entre os dias 7 e 15 de dezembro, o artesanato de comunidades ribeirinhas da Amazônia esteve exposto no encontro que reuniu mais de 50 expositores na edição do evento cuja temática foi a representação de biomas brasileiros através do design.
O Programa de Manejo Florestal Comunitário (PMFC) do Instituto Mamirauá, organização social fomentada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), assessora comunidades ribeirinhas na extração sustentável de produtos madeireiros e não madeireiros na região do Médio Solimões, na Amazônia Central.
"Foi uma boa oportunidade de divulgar o trabalho feito pelas artesãs nas reservas e também do Instituto Mamirauá no manejo dos recursos naturais", afirma Cláudio Anholetto, coordenador do programa e representante da instituição no evento.
Molongó e Teçume d’Amazônia
Confeccionadas por grupo de mulheres artesãs da comunidade São João do Ipecaçu, localizada na a Reserva de Desenvolvimento Sustentável Amanã, foram expostas cestarias de diversos usos e tamanhos feitas de fibras de ipecaçu usadas em cor natural ou tingidas com corantes naturais extraÃdos de plantas como anil e crajiru.
As peças dividiram espaço com brinquedos e itens de decoração feitos de molongó, árvore amazônica de tronco leve e fino encontrada em florestas alagáveis do bioma. As peças fazem parte do Projeto Molongó, do Instituto A Gente Transforma, e foram produzidas por ribeirinhos da comunidade Nova Colômbia, localizada na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, unidade de conservação vizinha da Reserva Amanã.
Os produtos foram expostos no estande do projeto "Origens Brasil", um selo que visa valorizar e promover transparência à cadeia dos produtos das florestas.
Texto: Júlia de Freitas
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