Ações de extensão são avaliadas em Seminário de Manejo do Instituto Mamirauá

Publicado em:  7 de março de 2016

Na última semana, a equipe da Diretoria de Manejo e Desenvolvimento do Instituto Mamirauá esteve reunida para o Seminário Anual de Gestão. No encontro, que aconteceu nos dias 02,03 e 04 de março, técnicos, coordenadores dos programas de manejo e desenvolvimento e pesquisadores da área social discutiram sobre o histórico das ações de manejo do Instituto Mamirauá, diante do contexto político, econômico e social. O tema escolhido para essa edição do Seminário foi "As práticas de extensão em áreas protegidas na conjuntura atual – nossas práticas e conquistas".

"Foi um exercício, ao longo da preparação, trazendo o olhar do que havia sido discutido em seminários anteriores, concomitantemente ao momento que a instituição está passando. A gente achou oportuno se debruçar na questão da conjuntura, naquilo que está acontecendo regionalmente, a nível de Estado, nacionalmente e até mesmo internacionalmente", disse Paulo Roberto e Sousa, membro do Programa de Gestão Comunitária e um dos organizadores do seminário.

Nos três dias de evento, a equipe realizou uma análise de conjuntura, avaliando as práticas de extensão do Instituto Mamirauá, considerando o cenário político e econômico da atualidade, os atores envolvidos, os acontecimentos recentes, as forças polí­ticas e interesses em jogo; e como essas questões interferem ou contribuem para a atuação do Instituto na região.

Entre os assuntos abordados, foi debatido o cenário das polí­ticas públicas para a Amazônia.  "A gente está inserido nesse contexto. E como a gente tem essa interação muito forte com a temática ambiental, de conservação, de busca por polí­ticas públicas para as comunidades com as quais trabalha, a gente achou muito oportuno fazer esse exercício, com esse olhar para a conjuntura atual", contou Paulo Roberto.  

Durante o debate, Eliane Oliveira, educadora ambiental do Instituto, comentou sobre a importância de que as instituições públicas se dediquem à melhoria da educação rural, com foco nas comunidades ribeirinhas do Amazonas. "O direito à educação e as polí­ticas de educação no campo não chegam integralmente a essas comunidades. Os jovens passam a migrar para a sede dos municípios em busca dessa educação e nem sempre voltam com esse objetivo alcançado. A formação dos professores também é, ainda, uma lacuna para a educação no campo", disse Eliane.

Um dos encaminhamentos decididos, durante o encontro, foi a participação efetiva de técnicos do Instituto em discussões como as do Conselho Municipal de Educação de Tefé (Am). Outra proposta será a inclusão oficial das publicações produzidos pela instituição, como cartilhas educativas, no planejamento escolar das escolas públicas. O material tem foco na educação

"A gente faz um trabalho muito importante, de interagir com as comunidades, a gente leva a proposta do que a gente acredita ser o mais correto em termo do uso de recursos naturais em uma unidade de conservação. A discussão foi muito positiva, por ter extrapolado as questões internas da instituição. A gente conseguiu ter um diálogo, contribuir para se fortalecer enquanto grupo, e isso reflete também no conjunto da instituição", reforçou Paulo Roberto.

 

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