Dia Mundial da Água: projeto do Instituto Mamirauá garante água potável para comunidades ribeirinhas no Amazonas

Publicado em: 22 de março de 2023

Ao todo, já foram 94 famílias beneficiadas com a iniciativa

 

          A data de 22 de março é lembrada como o Dia Mundial da Água. O marco faz parte de um calendário global que busca refletir sobre os recursos hídricos e a importância de defender este recurso natural indispensável para a vida de todos os seres. A Floresta Amazônica, que ocupa mais de 40% de todo o território nacional, tem uma relação intrínseca com a água. A bacia do rio Amazonas é a maior do mundo, por ela passa um quinto da água doce do planeta. 

         Além disso, a Floresta Amazônica corresponde ao maior bloco de floresta tropical contínua do mundo com seus mais de 5 milhões de km2. Apesar de todo este volume de biodiversidade que abrange as florestas e as águas, as populações tradicionais ainda sofrem com a falta de água potável.

        O Norte do Brasil tem os piores índices de saneamento do país. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE), um pouco mais de 42% da população desta região não tem acesso ao saneamento básico e água de qualidade, ou seja, mais de 4 milhões de pessoas precisam buscar suas próprias fontes de água todos os dias.

  Só na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (RDSM), que engloba 200 comunidades, mais de 10 mil ribeirinhos têm acesso precarizado a sistemas públicos de água e esgoto. Para trazer mais dignidade e qualidade de vida a essas famílias, o Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (IDSM), desde junho de 2021, vem instalando sistemas de bombeamento e abastecimento de água com energia solar em comunidades ribeirinhas no interior do Amazonas. 

         O projeto “Arranjo de Tecnologias Sociais para Abastecimento de Água para comunidades ribeirinhas da Amazônia”, faz parte do Programa de Qualidade de Vida (PQV), da instituição, é financiado pela Fundação Banco do Brasil e já  beneficiou 94 famílias de cinco comunidades: Boca do Mamirauá, Caburini, Sítio Fortaleza, Nova Colômbia e Várzea Alegre, localizadas em municípios do interior do Amazonas.


Autonomia e bem-estar para ribeirinhos


         Antes do sistema de melhoria da água, as comunidades ribeirinhas amazônicas beneficiadas pelo projeto, lidavam com escassez de água, pois tinham apenas pequenos reservatórios para armazenamento do volume da chuva e, quando não chovia, tinham que caminhar longos percursos para carregar água do rio. Agora, com as instalações do projeto, as famílias têm acesso à água mais limpa e renovável para consumo e higiene pessoal.

         Além do sistema que bombeia a água por meio de energia solar, ", o Instituto Mamirauá também tem atuado nas comunidades com a entrega de  “Filtros Ecológicos Alternativos" e "Sodis – Desinfecção Solar da Água”. Todos os mecanismos instalados utilizam de tecnologias sociais de abastecimento e tratamento de água para melhorar o acesso das famílias que moram em comunidades ribeirinhas na região do Médio Solimões (Amazônia Central) .Conheça um pouco mais sobre o projeto no nosso canal do YouTube. 

         O projeto seguirá com diversas ações ainda neste ano de 2023. Para os  próximos meses, serão realizadas reuniões comunitárias com as prefeituras, para desenvolver o modelo de gestão compartilhada do sistema de abastecimento. Além disso, a equipe do projeto do Instituto Mamirauá realizará um seminário em Tefé (AM) para apresentar os resultados e alinhar novas ações sobre a  gestão do tema da água.

Texto: Nayá Tawane

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